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quinta-feira, agosto 07, 2003

"BLOGUES" EM ÁFRICA 

"Desafia-me" o Martin Pawley, questionando-me se conheço “blogues” africanos de expressão portuguesa. Não conheço ainda, mas pretendo pesquisar a sua existência.
Para já, deixo a referência aos que foram considerados os melhores “blogues” africanos nos “Blogs d’or”: alors s’il vous plaît je vous en prie e hou hou blog.
[139]

MATEUS ROSÉ – LÍDER MUNDIAL 

Com 60 anos de vida, regista um estrondoso sucesso, tendo conquistado milhões de apreciadores um pouco por todo o mundo.
O conceito da garrafa, inspirada no formato de um cantil militar, adaptada à estética do século XXI, contrasta com a sua imagem de paz e beleza, reproduzindo no rótulo o belo Palácio de Mateus.
O vinho mais famoso de Portugal (talvez não em Portugal…) é um campeão de vendas a nível mundial no seu segmento e, claro, um dos nossos maiores “embaixadores”.
Merecedor portanto desta referência especial... (é claro que não se trata de publicidade paga!).
[138]

A EUROPA DAS LÍNGUAS (IV) 

"Há países na Europa cuja política linguística se dirige exclusivamente à defesa e promoção de uma só língua, ou porque no território realmente só se fala uma língua e as diferenças linguísticas são pequenas, ou porque apesar de haver diferenças linguísticas importantes o país procura o monolinguismo como objectivo.
Os países verdadeiramente monolíngues são a excepção e não a regra. No seio da Comunidade, Portugal pode ser um exemplo, tal como a Áustria, que aderiu recentemente. No extremo oposto, e como exemplo de países que apesar de uma diversidade de facto se propõem o monolinguismo como objectivo, podemos considerar a França.
Em Portugal, como em qualquer espaço linguístico relativamente extenso, a língua culta comum a todo o país coincide com diferenças dialectais que podem relacionar-se com a história da língua, que se difundiu de norte para sul a partir da Reconquista Cristã aos Árabes e, em último lugar, com o substrato linguístico anterior à ocupação romana e difusão do latim, mas são diferenças pouco significativas. A única excepção que se pode apontar é o mirandês ou fala de Miranda do Douro, uma pequena povoação na fronteira com Espanha, onde se fala uma variante do dialecto hispano-leonês, vestígio do núcleo linguístico asturo-leonês.
Que o mirandês seja a única excepção é um indicador claro da uniformidade do espaço linguístico português. O que não significa que a língua portuguesa não tenha problemas com implicações políticas, mas estes referem-se à unidade da língua no plano internacional e aos esforços por conseguir um acordo para uma norma ortográfica comum."


“A EUROPA DAS LÍNGUAS”, de Miquel Siguan (coedição da Terramar com a SILC)
[137]

1906 – DITADURA  

“A nomeação de João Franco para a chefia do governo dá início a uma ditadura. São suspensos os jornais “O Mundo” e “O País”.”
[136]

1906 – SÃO FRANCISCO 

“A cidade é parcialmente destruída por um terramoto de grande intensidade, que mata 700 pessoas e deixa sem tecto 250 mil.”
[135]

quarta-feira, agosto 06, 2003

65ª VOLTA A PORTUGAL EM BICICLETA 

Tem início hoje um grandioso espectáculo que percorrerá as estradas portuguesas nos próximos dias (até 17 de Agosto): a “serpente multicolor” constituída por um conjunto de “heróis” cuja capacidade de sacrifício será sujeita às mais duras provas.
Este é talvez o desporto de alta competição de maior “violência física”, pelo desgaste acumulado de realizar, diariamente, ao longo de quase duas semanas, entre 150 a 200 km de bicicleta, praticamente sem pausas para recuperação.
Ocasião para relembrar os grandes campeões: de José Maria Nicolau e Alfredo Trindade; a Alves Barbosa; ao “maior” de todos, Joaquim Agostinho; passando pelo detentor do maior número de vitórias (4), Marco Chagas; chegando ao actual responsável pela organização (Director Técnico), Joaquim Gomes (também vencedor, por duas vezes; aliás um dos últimos portugueses a triunfar, a par de Orlando Rodrigues e Vítor Gamito).
Nos últimos anos, os portugueses têm experimentado algumas dificuldades em impor-se ao enorme pelotão estrangeiro (principalmente de ciclistas espanhóis e italianos); na ausência do nosso actual melhor ciclista, José Azevedo, fica a expectativa de podermos assistir ao nascimento de um “novo campeão”.
A acompanhar diariamente. (Este ano, com uma “camisola da solidariedade”, uma iniciativa que merece aplauso, visando a recolha de fundos para prestar apoio a quem mais sofreu com os acontecimentos dos últimos dias).

P. S. Ao falar de Joaquim Agostinho, que foi, a par de Carlos Lopes, uma das maiores figuras de todos os tempos do Sporting, não posso deixar de felicitar este clube, na pessoa dos seus adeptos, no dia da inauguração do novo Estádio Alvalade XXI, um símbolo de modernidade que – polémicas à parte – deverá constituir um motivo de orgulho para todos os portugueses, comprovando que somos capazes das maiores realizações.
[134]

A EUROPA DAS LÍNGUAS (III) 

"Limitando-nos ao âmbito europeu, distinguem-se os seguintes grupos:
1) o balto-eslavo, com dois subgrupos: o subgrupo báltico – o lituano e o letão – e o subgrupo eslavo, que a partir do antigo eslavo se subdivide hoje em três subgrupos: o meridional – búlgaro, servo-croata e esloveno –; o oriental – russo ou grande russo, bielorusso ou pequeno russo e ucraniano ou russo branco –; o ocidental – checo, eslovaco e polaco.
2) o ilírico: representado hoje pelo albanês.
3) o germânico, a partir de um proto-germânico falado em tempos na Escandinávia e norte da Alemanha e do qual derivaram vários grupos actuais: o subgrupo do gótico, com o gótico, língua falada pelos Godos, …, o vândalo e o borgúndio; o subgrupo nórdico com as línguas escandinavas – o dinamarquês, o sueco, o norueguês, o islandês… -; o subgrupo do anglo-saxão, o “old english” que falavam os Anglos e os Saxões que se estabeleceram nas ilhas britânicas a partir do século V destronando os Celtas e de que descende o inglês actual; o subgrupo do alto-alemão, falado no sul da Alemanha e de que procede o alemão actual; e, finalmente, o sub-grupo do baixo-alemão, falado no norte da Alemanha e de procedem o neerlandês e o frísio.
4) o helénico: em que historicamente se podem distinguir o grego micénico, o grego helénico e os seus dialectos, o grego bizantino e o grego moderno.
5) o céltico: com o céltico continental representado pelo galo, hoje extinto, e o céltico insular ou britânico de que derivaram o galês, possivelmente o bretão e, por outro lado, o gaélico nas suas diversas formas – irlandês, escocês, córnico, manques…
6) o itálico, com as línguas osco-úmbricas, entre elas o latim, ou língua do Lácio, de que derivaram as línguas românicas – italiano, espanhol, catalão, galego e português, provençal, francês…".


“A EUROPA DAS LÍNGUAS”, de Miquel Siguan (coedição da Terramar com a SILC)

P. S. Na sequência do “bug” do “blogspot” de ontem à noite (e se o sistema “falhasse de vez”? – desapareceria uma parte substancial da “blogosfera”…), ficaram por apresentar novos agradecimentos: ao serendipitous-cacophonies e ao the night of the hunter do Martin Pawley (um “Blogue” cuja temática é o cinema)... e ao leitor de Liverpool, que só pode ser o carimbo...
[133]

1905 – DOMINGO SANGRENTO
"Em Sampetesburgo, tropas do czar disparam indiscriminadamente contra uma manifestação pacífica e fazem centenas de vítimas. O “Domingo Sangrento”, como ficou conhecido, dá origem a sucessivas insurreições que são o ponto de partida para a revolução bolchevique de 1917."
[132]

terça-feira, agosto 05, 2003

OCUPAÇÕES 

Já aqui tinha deixado antes um “lamiré” quando escrevi que os “blogues” eram mantidos por pessoas que têm as suas ocupações, têm as suas profissões, que têm no prazer da escrita uma “ocupação paralela”, uma espécie de “hobby”.
Hoje, dei comigo de novo a pensar: seria porventura interessante conseguir apurar um levantamento das actividades profissionais dos “bloguistas”.
Qual a relação (se alguma) que a sua profissão poderá ter com a (muito boa) qualidade dos textos que temos oportunidade de ler em vários “blogues”.
Teremos muitos Escritores? Jornalistas? Professores? Políticos? Advogados? Economistas? Engenheiros? Arquitectos? Médicos? Estudantes? Donas de casa? Reformados? Trabalhadores liberais ?
(Analogamente, poderia colocar-se também a questão: “Quais as actividades profissionais dos visitantes / leitores”?).
(Outras variantes poderiam ser também analisadas, como a estrutura etária, o grau de literacia, a distribuição geográfica, ...).
Aqui e ali, vão-se abrindo umas "brechas" na tendência inicialmente predominante do anonimato, mas continua por conhecer o que fazem estas pessoas para além deste "passatempo"...
[131]

A EUROPA DAS LÍNGUAS (II) 

"Do Atlântico aos Urais, para usar uma expressão já consagrada, o panorama linguístico que a Europa oferece é certamente variado.
Começando pelo extremo sudoeste do continente, encontramos em primeiro lugar uma área de línguas românicas ou derivadas do latim, das quais quatro são línguas oficiais de igual número de Estados. O português em Portugal (9,9 milhões de habitantes); o espanhol ou castelhano em Espanha (39,2 milhões); o italiano em Itália (56,9 milhões); e o francês em França (57 milhões). Na Europa, o francês é ainda língua oficial na Bélgica (10 milhões), pois é a língua oficial da região da Valónia e coexiste com o flamengo na cidade de Bruxelas, sendo ainda língua oficial na Suíça (6,9 milhões) como língua própria de vários cantões da confederação. Na Itália, o francês é uma língua oficial juntamente com o italiano no Vale de Aosta.
Com estas línguas estatais convivem outras línguas românicas de difusão desigual. O catalão não só tem um número importante de falantes, como conta também com uma tradição literária e apoio institucional.

Em Espanha, também o galego, língua aparentada com o português, tem na Galiza (2,8 milhões) o estatuto de língua oficial a par do castelhano; também o romanche na Suíça, apesar da sua reduzida extensão, está oficialmente reconhecido e tem estatuto de língua nacional."


“A EUROPA DAS LÍNGUAS”, de Miquel Siguan (coedição da Terramar com a SILC)
[130]

1904 – GUERRA RUSSO-JAPONESA 

“Declarada depois do ataque nipónico à frota russa estacionada em Porto Artur. O conflito termina em 1905 com a assinatura do Tratado de Portsmouth.”
[129]
segunda-feira, agosto 04, 2003

"REALITY SHOW" 

As televisões encontraram um novo filão nas "histórias" dos incêndios.
E, claro, "agarraram-se" a elas. Banalizando-as, tornando-as mais um "reality show".
Gente em desespero absoluto, em completo descontrolo, atravessa os vários "jornais da noite".
Ora, não é através da banalização, da repetição sistemática, da "exploração" das emoções que se vai resolver qualquer problema.
A informação deveria ser objectiva, precisa e concisa.
Assim, estamos a transformar isto em mais um "espectáculo", como se de um filme (algo de irreal ou ficcional) se tratasse - como se fosse uma coisa longínqua, que só a outros diz respeito.
Não é assim que os portugueses vão adquirir consciência das reais implicações desta tragédia.
É que isto é mesmo real. E desesperante.
Mas só pode aperceber-se do seu impacto real quem está a viver, dia a dia, na angústia, no pânico de ela lhe "tocar à porta".

P. S. Na fria linguagem dos números, que não deixa de ser “eloquente”, foram mais de 40 minutos na RTP1; mais de 50 minutos na SIC; mais de 1 hora (!) na TVI; honra lhe seja feita, apenas 20 minutos na SIC NOTÍCIAS, com a cobertura mais sóbria, mais serena, mas simultaneamente mais profunda, sem apostar na “superficialidade” do dramatismo das imagens.
[128]

TAÇA AMÉRICA 

É grande a expectativa com que é aguardado (apenas previsto para Dezembro) o anúncio do vencedor da candidatura à organização da mais famosa prova de vela do mundo, a “Taça América”, que reunirá 17 equipas concorrentes (16 “desafiantes” e o “defensor” do título).
Pertencendo o vencedor da última edição da prova à Suíça (país sem mar), perfilam-se como principais candidatos – para além de Lisboa – as cidades espanholas de Valência e Palma de Maiorca, a italiana de Nápoles e a francesa de Marselha.
O investimento necessário à eventual organização em Portugal desta competição deverá ser suportado por verbas públicas, assim como pelo projecto imobiliário planeado para Pedrouços / Algés, respeitando à melhoria das infra-estruturas dos dois locais centrais da competição, a Doca de Pedrouços e a Marina de Cascais.
O principal impulsionador da candidatura portuguesa é Patrick Monteiro de Barros, estimando-se um impacto económico da eventual organização da prova em Portugal de cerca de 1 500 milhões de euros.

P. S. Je veux remercier Iokanaan par la référence faite sur son blog (article "Une fenêtre sur le Portugal"). Aujourd'hui, les blogs portugais montent déjà à environ 1 600.
[127]

A EUROPA DAS LÍNGUAS (I) 

A partir de hoje, introduzo uma nova “secção” – também bastante difundida noutros “blogues” –, neste caso, a do “Livro do Mês”: todos os meses, em sucessivas “entradas” (ao longo de uma semana), pretendo proceder à apresentação / divulgação de um livro.
Para começar, na sequência do que foi um pouco o percurso deste “blogue” no seu primeiro mês, inicio mais esta “viagem” com “A EUROPA DAS LÍNGUAS”.

“Mais do que nunca, não basta duas pessoas sentarem-se, uma diante da outra, para tratar de qualquer assunto. Precisam de usar uma língua que seja compreensível para ambos, pois não será possível chegarem a um acordo, sem tal recurso, isto é, sem recorrer a uma língua que se torne “comum”.
Numa Europa que tem a pretensão de ser cada vez mais unida – mas uma Europa em que a diversidade linguística é de uma riqueza extraordinária –, o problema assume uma importância que poderá ser decisiva, para bem ou para mal, tornando-se indispensável conhecer e compreender toda a realidade que lhe está subjacente.
É tendo em vista tudo isto que o livro do Prof. Miquel Siguan surge como um precioso instrumento de trabalho, mostrando-nos as raízes históricas e as consequências políticas da diversidade linguística da Europa. Mas não só: também as formas de vida nas sociedades em que convivem línguas diferentes, a influência do desenvolvimento técnico sobre a evolução dessas mesmas sociedades e a tendência para fazer de determinadas línguas um veículo de comunicação entre comunidades diferentes.”


É desta forma que é apresentado pelo editor, o livro “A EUROPA DAS LÍNGUAS”, de Miquel Siguan (coedição da Terramar com a SILC – Sociedade de Intercâmbio de Línguas e Culturas, com publicação original em 1996).
Um livro estruturado em torno dos seguintes grandes temas: Raízes históricas; Línguas nacionais e nacionalismos linguísticos; Unidade e diversidade – As políticas linguísticas dos Estados europeus; Línguas e sociedade na Europa; Línguas de comunicação internacional; Política linguística das instituições europeias; e Línguas e ensino na Europa.
Ao longo dos próximos dias, apresentarei alguns interessantes extractos desta obra.

P.S. A propósito desta temática, não posso deixar de fazer uma remissão para um excelente “post”, no margaritas a los cerdos.
[126]

1903 – VOO NUM AEROPLANO 

"Os americanos Wilbur Wright e seu irmão Orville realizam, com a ajuda de um motor a gasolina, o primeiro voo num aeroplano, na Carolina do Norte (EUA)."
[125]

domingo, agosto 03, 2003

CALAMIDADE 

Este é um assunto sério.
A calamidade parece não ter um fim à vista.
"O país está a arder".
É aterrador.
Os bombeiros estão esgotados e não têm meios.
Será que ninguém pode fazer nada para evitar que isto continue?
[124]

“LÉXICO BLOG”  

O tema tem sido já discutido neste “fórum”, em particular no que respeita à tradução de “Post” (tendo sido sugeridas nomeadamente as seguintes equivalências: “Poste”, “Posta” – sendo inequívoca a minha preferência por “Entrada” ou “Artigo”).
Aqui deixo também uma pequena “contribuição” para a constituição de um “Dicionário” dos “blogues”:

Arquivo” – Agrupamento, geralmente por ordem cronológica, de todas as “entradas” e “artigos” de um “blogue”. São geralmente acessíveis a partir da página principal. Podem ser também organizados com base em índices temáticos.

Artigo” – Texto publicado num “blogue”, tendo por característica ser mais longo que “Entrada” e reflectindo, de alguma forma, uma linha editorial ou opinião do autor.

Blogar” – Acção de editar um texto num “blogue”. Por extensão, acção de ler “blogues”. Em inglês, “blogging”.

Blogável” – Tema ou assunto que é susceptível de ser tratado num “Artigo” ou “Entrada” de um “blogue”.

Blogofobia” – “Aversão” ou reticência aos “blogues”.

Blogolista” – Relação de “links” para outros “blogues”. Em inglês, “blogroll”.

Blogosfera” – Conjunto de todos os “blogues”; os “blogues” enquanto “comunidade”.

Blogue” – Adaptação do inglês “blog” (contracção de “weblog”): forma de escrita “online”, caracterizada geralmente por um formato de coluna única, compreendendo um conjunto de textos / fotos, ordenados cronologicamente (geralmente por ordem cronológica inversa), frequentemente actualizada, normalmente com uma coluna lateral (de “links” ou outros destaques). Caracteriza-se pela “liberdade editorial” do autor “(bloguista”).

Bloguista” – Pessoa que publica um “blogue”. Por extensão, pessoa que visita “blogues”.

Categoria” – Forma de agrupamento de “artigos” ou “entradas”, com base no respectivo tema. Em inglês, “category”.

Comentário” – Funcionalidade disponível em alguns “blogues”, possibilitando ao leitor emitir uma opinião, apresentar uma sugestão ou responder a uma questão.

"Contador" – Ferramenta que permite obter informações sobre o número de visitantes e páginas visitadas.

Datador” – Texto incluído na maior parte das “entradas” ou “artigos”, com referência à data e hora de edição.

Diarista” – Autor de um “diário” de carácter pessoal.

Entrada” – Texto publicado num “blogue”, tendo por característica ser mais curto que um “artigo”. Em inglês, “post” ou “entry”.

Fotoblogue” – “Blogue” cujas “entradas” são compostas essencialmente por fotografias.

Geolocalização” – Estudo “demográfico” da “localização dos “blogues”.

Hiperligação” – Ligação hipertexto (“link”).

Ligação cruzada” – Ligação hipertexto a outro “blogue” que faça também referência ao mesmo “blogue”.

Metablogue” – “Blogue” cuja temática é a actualidade da “blogosfera” e o estudo do fenómeno dos “blogues”.

[123]

TIMOR-LESTE 

A primeira nação do século XXI atravessa naturais dificuldades, associadas ao início de uma longa “caminhada”, no sentido da criação das infra-estruturas mínimas.
O Prémio Nobel e Ministro dos Negócios Estrangeiros, Ramos Horta, faz o diagnóstico da situação, apontando os pontos positivos e os aspectos a melhorar no desenvolvimento do seu país.
Do lado dos pontos positivos, destaque para a melhoria dos indicadores de saúde, a fixação das fronteiras marítimas e o avanço do processo de preparação da exploração de petróleo.
Nos aspectos a melhorar, salienta-se a ineficácia do sistema judicial (uma prioridade), para além da falta de um quadro legal relativamente ao investimento estrangeiro e às sociedades, do Código Comercial e lacunas a nível das leis laborais.
Para conhecer melhor a situação actual deste país, remeto para um bom “blogue”, mantido por Paulo Gorjão.
[122]

TEXTOS PRÉ-BLOGUES / “DN JOVEM” (II) 

Outro texto seleccionado para publicação, o qual, contudo, por circunstancial “falta de espaço” acabou por ficar na “gaveta”… Até hoje! (Como não existe o conceito de “falta de espaço” na Internet, este texto velhinho de quase 15 anos, pode ser hoje divulgado ao mundo; obviamente, a título de curiosidade “histórica” pessoal).

Acabo de ler o DN Jovem e estou triste. Uma descarga de matéria poluente no Rio Nabão provocou a morte, na cidade, de Tomar, de inúmeros peixes, causando graves danos à fauna e flora do curso fluvial.
Assomam-me ao espírito, os casos da Ria Formosa ou do Alviela e continuo triste. A mesma tristeza que sinto ao olhar o Tejo, em Lisboa. Quem se recordará dos golfinhos do Tejo, hoje em dia? Infelizmente, os jovens não tiveram o prazer de os observar. Por culpa do Homem.
Por associação de ideias, lembro-me de Chernobyl e interrogo-me se os homens estarão conscientes do que está a acontecer.
É urgente reflectir e passar à acção. Cabe aos agentes económicos, a todos nós, a prevenção destes casos e a criação de condições que evitem a sua repetição.
Em primeiro lugar, o Estado, por via da sua faceta legislativa, é responsável pelo acautelar dos interesses do ambiente, devendo sensibilizar os indivíduos para estas questões e contribuir para a resolução dos problemas.
Contudo, o papel das empresas não pode ser o de remeter para o Estado, a criação de infra-estruturas despoluentes. São elas que têm de procurar novas formas de produzir, preservando a natureza, recorrendo a energias alternativas, como a energia solar, por exemplo. Por sua vez, os resíduos da produção deveriam se encaminhados, não para os nossos rios, mas para centrais de tratamento de detritos.
Um indicador positivo é o facto de, a nível empresarial, se começar a conceder relevo à defesa do ambiente, pelo menos em termos de promoção, em que, a par do realce da qualidade do produto, se destaca as suas características não poluentes, o que constitui uma nova fase, conhecida por “societal marketing concept”, ou seja o marketing que visa corresponder à responsabilidade para com o meio social em que a empresa se insere.
Também as famílias, no seu dia-a-dia, têm um papel importante na defesa do ambiente em que vivem. Até porque o reciclar de produtos já sem utilidade, terá dupla finalidade; além de preservar a vida na Terra, poderá trazer contrapartidas económicas (recordem-se as campanhas de recuperação do vidro e do papel).
Acima de tudo, é imperioso que se abandone a ideia de transferir as soluções dos problemas de hoje para amanhã, adiando-as “sine die”, indefinidamente.
Mais importante que pedirmos socorro, teremos de socorrer-nos a nós próprios. E, por vezes, seria tão fácil…


A esta distância, não me parece que esteja muito desactualizado…

P.S. Como bem lembra o Rui Branco, também “passaram” pelo “DN Jovem” (entre muitos outros, e para além do próprio), José Mário Silva, Pedro Lomba e Tiago Rodrigues.
[121]

1902 – REFLEXO CONDICIONADO 

“O fisiologista russo Pavlov apresenta em Madrid, durante o Congresso Médico Internacional, a noção de reflexo condicionado.”
[120]

sábado, agosto 02, 2003

DANTE (?) 

São sensações estranhas estas...
Nunca vividas antes, pelo menos com esta intensidade.
Lisboa teve ontem o dia mais quente de sempre (desde que há registos, desde há 130 anos), a atingir os 42º C.
Não é, de todo, uma coisa normal. Não é, de todo, normal, atingir os 47º C (na Amareleja).
Hoje, o dia teve o aspecto mais estranho que alguma vez me lembro, com o céu de várias cores (não se tratava de um arco-íris...), mas em tons ora cinzentos, ora alaranjados.
Não é uma brincadeira.
Agora, aqui onde escrevo, no interior, por trás das serras, vêem-se nuvens de fumo e o céu continua, a esta hora, com uma cor alaranjada.
Não estamos muito longe da visão de Dante.
É triste. É grave. É preocupante. É pena.
[119]

“O DOSSIER DA VIDA” 

A propósito de “Diário de Notícias”, em (mais uma) brilhante entrevista de Anabela Mota Ribeiro, hoje publicada no “DNa”, o Ministro do Trabalho e da Segurança Social, António Bagão Félix diz nomeadamente, entre outras ideias de grande beleza, que a vida do homem deve ter por objectivo responder ao “porquê?” e ao “para quê?”, mais do que ao “como?” e, mais adiante: “A felicidade não se faz querendo ter mais, faz-se querendo ter menos. Faz-se pela renúncia, não pelo excesso. Somos muito mais felizes quando temos de escolher.”.
Não resisto a transcrever um extracto da entrevista, em que Bagão Félix fala do “dossier da sua vida”:

“A quem é que tem vontade de mostrar isto? À sua neta, que tem meses?
- Tenho muita vontade. Também para lhe ensinar geografia, política… Tenho aqui o ranking das cidades, distâncias percorridas. Já dei o equivalente, pelo ar, a 22 voltas à Terra pelo Equador, ou fiz 2,3 viagens à lua.”

O mais extraordinário é que tenha tempo para esta contabilidade.
- É aquilo que lhe disse: quanto mais se trabalha mais tempo livre se tem. Que a pessoa não está num estado entediante.

Sabe estar sem fazer nada?
- Não. É preciso um esforço brutal para não fazer nada.

Deixe-me voltar ao momento em que de repente se sente invadido pela presença de Deus. Pode acontecer quando está entretido a fazer um destes gráficos?
- Sim, absolutamente. Vou-lhe contar uma coisa. Tenho duas semaninhas de férias, vou para o Alentejo; uma das coisas que estou a antever como mais “gozoso”?: actualizar isto, que já não actualizo há um ano e meio. Tenho aqui os nomes dos 123 aeroportos onde estive; roteiro de regiões, províncias, estados, territórios, ilhas e ilhéus; onde é que andei de comboio, de embarcação, de carro, de autocarro, de helicóptero, de trenó, de camelo.

A partir daí pode reconstituir-se a sua vida toda.
- Toda. Tenho tudo escrito.

Não tem segredos?
- Não, não gosto de ter. Gosto de partilhar conhecimento. Gosto de redistribuir tudo.”


Um retrato humano de um político, que “cultiva o espírito, a inteligência, a cultura, o saber”. Que interessante seria se decidisse ter um “blogue”…
[118]

TEXTOS PRÉ-BLOGUES / “DN JOVEM” 

Há 15 anos, não existia Internet (!?).
Não havia portanto “blogues”.
Mas havia (ainda há…) o “DN Jovem” (no qual se revelou, por exemplo, Pedro Mexia).
E eu era jovem…
E assim, publiquei no Diário de Notícias, o meu primeiro artigo “a sério”: intitulava-se “Assimetrias”.
É esse texto “histórico” que hoje recupero, para uma “nova audiência”, num novo “veículo comunicacional”.

É geralmente reconhecido que a histórica dicotomia litoral-interior é uma realidade profundamente implantada na estrutura socioeconómica. Basta, para o confirmar, consultar qualquer estatística, por mais elementar que seja.
Todos sabemos, por exemplo, que houve uma deslocação da população do interior, por um lado, para o estrangeiro, através do fenómeno da emigração, e por outro, para o litoral, em particular para as áreas urbanas de Lisboa e Porto, cidades que centralizam a autoridade política e o poder económico.
Essa assimetria manifesta-se em muitos e variados campos; um deles, enquadrável no tema proposto, é o do futebol, enquanto desporto de multidões, acarretando grandes movimentações a nível financeiro.
Desta forma, temos, na época de 1988-89, na disputa do Campeonato Nacional da I Divisão de futebol, 16 clubes sediados no litoral (80 %), face a dois do interior (G. D. Chaves e CAF- Ac. Viseu), o que corresponde a 10 %, além dos insulares Marítimo e Nacional, ambos da Madeira.
Se alargarmos o campo de estudo até ao Campeonato Nacional da III Divisão, os números não oscilam muito: o litoral é sede de 134 dos 182 clubes concorrentes às três divisões (73,6 %), cabendo ao interior 41 clubes, apenas 22,5 %, sendo os restantes sete repartidos pelas Regiões Autónomas dos Açores (três representantes militando na III Divisão) e da Madeira.
É sintomático o facto de os distritos de Beja e da Guarda, além de Viana do Castelo, este do litoral, não terem qualquer representante na I e II Divisões, o que é mais estranho ainda no caso de Santarém, que chegou a ter, há pouco mais de dez anos, representação na I Divisão, por via do U. Tomar.
Outro aspecto se destaca nesta análise: a macrocefalia do futebol português, centralizado por completo, no que se refere a campeões da I Divisão, em apenas duas cidades, 44 títulos (81,5 %) para três clubes de Lisboa e dez (18,5 %) para um do Porto.
Todos estes números devem suscitar uma reflexão e o desejo de que os desequilíbrios de ordem económica e social sejam atenuados, de forma a permitir também uma expressão desportiva mais uniforme e condizente com padrões europeus, ao nível das Comunidades em que nos pretendemos integrar de forma plena.


15 anos depois, malheureusement, as coisas não se alteraram muito… mantêm-se os dois clubes da Madeira e os 16 representantes do litoral; porém, considerando que a competição foi reduzida a 18 clubes, deixou de haver (já desde há 3 anos), qualquer representante do interior do país!
[117]

1901 – LIGAÇÃO TRANSATLÂNTICA 

“O físico italiano Marconi efectua a primeira ligação transatlântica, via rádio, Estados Unidos – Europa. Receberá o prémio Nobel em 1909.”
[116]

sexta-feira, agosto 01, 2003

1000 

É claro que é um motivo de satisfação e um grande incentivo a continuar. Obrigado a todos!

P.S. De forma a evitar que tal se torne excessivamente repetitivo, não voltarei a abordar este tema… nos próximos tempos.

P.S.2 Agradecimentos também ao Adufe e ao mediaTic pelas referências.
[115]

"O MELHOR DO ROCK PORTUGUÊS 1980 - 1984" 

Não deixa de não ser também um pouco da nossa "história".
Foi então uma "bolha" quase explosiva, com grupos a nascer "como cogumelos" (tendo por "pai moral", Júlio Isidro e a sua "Febre de Sábado de Manhã" (!)); agora, 20 anos depois, é bom relembrar memórias do Chico Fininho (Rui Veloso), Chiclete (Táxi), Portugal na CEE (GNR), Patchouly (Grupo de Baile), Latin'América (Já Fumega) e outras "bandas da época", os Street Kids, Trabalhadores do Comércio, ...
Essencial!
[114]

"FACTOS DO SÉCULO XX" 

Pacheco Pereira (Abrupto) escrevia há alguns dias atrás sobre a inexistência de “blogues” de temática histórica. Na TSF, no “Flashback”,“insurgia-se” também contra a (falta de) lógica do programa de História no ensino (12º ano), nomeadamente pela falta de uma coerência e articulação cronológica e por não haver um enquadramento aos diversos temas, tratados, de algum modo, de “forma avulsa”.

Evidentemente sem querer ter pretensões a suprir a tal lacuna (“bloguística”) no tratamento da História, mas porque é uma matéria que sempre me despertou alguma curiosidade e interesse, socorro-me (com a devida vénia) de uma publicação dos jornais do “Grupo Lusomundo” (Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Açoriano Oriental, Diário de Notícias – Madeira e Jornal Tribuna de Macau), de Julho de 1999, designada “NOTÍCIAS DO MILÉNIO” (notável edição que é importante “fazer reviver”, de forma a que não “caia no arquivo do esquecimento”) e, a partir de hoje, diariamente, farei a transcrição – relativamente aos acontecimentos mais marcantes do século XX – de alguns dos “factos” seleccionados na referida publicação, na secção “1000 anos, 1000 factos”.

Trata-se da apresentação, de uma forma cronológica, através de notas muito breves, numa linguagem de “estilo jornalístico”, dos principais factos do século XX, separando-se as cronologias internacional e nacional. A começar:

1900 – ZEPPELIN
“Lançamento do primeiro Zeppelin, o “LZ1”, aeronave construída pelo conde e inventor alemão Ferdinand von Zeppelin.”

1900 – ANALFABETISMO
“O censo revela que 74 % da população (5 016 267 pessoas) é analfabeta. No ano seguinte, reforma-se o ensino primário. Passa a durar três anos, é obrigatório e gratuito.”
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FUTUROS MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – CHIPRE (V) 

Os museus da ilha albergam numerosas exposições de cerâmica, escultura e jóias, demonstrativas da importância da arte nas sucessivas épocas culturais. Os mosaicos evidenciam a passagem da influência pagã à cristã, como a substituição de motivos florais e animais por desenhos geométricos. Em Chipre abundam as igrejas, pintadas com murais e ícones que abarcam estilos dos séculos X a XVII.
Desde o cimo do Monte Olimpos até às costas e suaves planícies, Chipre é uma ilha para desfrutar a natureza, sendo um lugar privilegiado para a observação de aves e um “paraíso” para os arqueólogos.
Chipre beneficia de uma paisagem altamente contrastante, desde férteis planícies na parte central, até terras áridas cobertas de vinhedos e quilómetros de praias arenosas; cerca de 1/5 da ilha está coberta por bosques.
Alguns dos principais produtos agrícolas resultam do cultivo de oliveiras, citrinos e vinhedos. Não obstante, como resultado do rápido desenvolvimento económico global, surgiu uma economia fundamentada nos serviços, em lugar dos modelos tradicionais de exploração agrícola e mineira.
Uma das especialidades gastronómicas da ilha é o “Halloumi”, queijo de textura elástica, elaborado com queijo de cabra ou de ovelha.
A fechar esta breve “viagem” por Chipre, alguns dados estatísticos de carácter sócio-económico: PIB “per capita”, 20 615 euros; Taxa de inflação, 2,8 %; Taxa de desemprego, 3,3 %; número de automóveis por 100 habitantes, 34; número de telemóveis por 100 habitantes, 41; número de utilizadores de Internet por 100 habitantes, 20.
Actualmente, Chipre está económica e politicamente orientado para a Europa, especificamente para a União Europeia, tendo solicitado a sua adesão em 1990, constituindo uma esperança para a resolução das históricas divergências entre as comunidades grega e turca.
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