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domingo, setembro 07, 2003

CURIOSIDADE 

Porque hoje é domingo: Porque é que os pneus são pretos?

REVISTA(s) DA SEMANA 

Visão (4 Setembro)
No circuito desde 1976, a Festa do “Avante!” inicia esta sexta-feira, na Quinta da Atalaia, Seixal, mais uma edição de três dias recheados de espectáculos e debates.
O Conselho Jurisdicional do PS/Porto decidiu expulsar a ex-presidente da Câmara de Felgueiras e o seu ex-marido após a fuga à justiça da primeira e das agressões a Francisco Assis, nas quais o segundo terá, alegadamente, participado.
O Tribunal da Relação de Lisboa decidiu hoje por unanimidade recusar o pedido de afastamento do juiz Rui Teixeira do processo Casa Pia, por o considerar "manifestamente infundado".
A menos de uma semana do segundo aniversário do 11 de Setembro, o departamento norte-americano de segurança do território repete os alertas sobre os riscos de um atentado contra os EUA ou tendo como alvo interesses americanos em todo o mundo.
Ramiro Lopes da Silva, representante da ONU no Iraque, defende, numa entrevista publicada na VISÃO de hoje, que as «forças de ocupação» têm de restabelecer a ordem o quanto antes, para evitar um conflito generalizado.


Economist (5 Setembro)
”As coisas” começam a ficar complicadas para o Presidente Bush em 2004. Cai nas sondagens e os maiores obstáculos à sua reeleição – a crise económica e a crescente violência no Iraque – requerem soluções opostas: para “levantar” a economia, Bush deveria cortar nas despesas públicas; mas para triunfar no Iraque, Bush deve disponibilizar mais fundos.
Também complexa a situação em Myanmar, onde Aung San Suu Kyi continua sob custódia, não tendo sido avistada por independentes desde Julho. Os generais que governam o país anunciaram, no último fim-de-semana, que a democracia é uma prioridade máxima, mas “qualquer intenção no sentido de restaurar a democracia não fará sentido sem a participação de Suu Kyi e do seu partido, Liga Nacional para a Democracia”.

New York Times Magazine (7 Setembro)
Michael Ignatieff oferece uma recapitulação histórica das intervenções americanas no estrangeiro.
Após breve análise das “enganadoras” razões invocadas por Bush & Cª para a invasão do Iraque – se tivessem simplesmente explicado que a Arábia Saudita deixou de constituir um aliado fiável no Médio Oriente e que é portanto necessário “criar” um outro, o público americano não se importaria tanto com esta longa e dispendiosa reconstrução – conclui sobre a necessidade de reformar as Nações Unidas.
As “novas” Nações Unidas devem privilegiar os direitos humanos sobre a soberania dos Estados e um Conselho de Segurança alargado deveria eliminar os vetos e passar a tomar decisões por maioria.

Newsweek (8 Setembro)
Relata que o autismo pode resultar “de um desequilíbrio entre dois tipos de inteligência: a utilizada para compreender as pessoas… e a usada para compreender as coisas.”
O psicólogo Simon Baron-Cohen defende que as razões porque acha que o autismo é mais comum nos homens.

Time (8 Setembro)
A capa da Time "What's Next?" promete previsões sem medo. Recapitula também o capítulo final de “Why America Slept”, o novo livro de Gerald Posner. De acordo com Posner, o líder da Al-Qaeda Abu Zubaydah, capturado o ano passado, foi levado para um complexo afegão onde foi interrogado por árabe-americanos. Zubaydah afirmou, entre outras coisas, que o chefe da espionagem saudita canalizava fundos para Osama Bin Laden desde 1991.

Pode ver mais aqui.
[230]


AS RELIGIÕES NO MUNDO (II) 

4. “Crentes”:
- Judaísmo – 14 milhões (concentram-se sobretudo em Israel e nos EUA, mas também na Europa e na Rússia).
- Hinduísmo – 733 milhões (concentram-se no subcontinente indiano).
- Budismo – 320 milhões (concentram-se na Ásia oriental, mas em franco crescimento na Europa e nos EUA).
- Cristianismo – 1 800 milhões (55 % católicos; 35 % protestantes; 10 % ortodoxos), espalhados por todos os continentes.
- Islamismo – 980 milhões (83 % sunitas e 17 % xiitas), repartem-se pela África, Ásia e, crescentemente, pela Europa.

5. “Princípios”:

- Judaísmo – Deus é único, eterno e abstracto; o Seu povo é o povo judeu e, no final dos tempos, o Messias libertá-lo-á da opressão; existe vida para além da morte, com uma recompensa para os justos e um castigo para os pecadores.

- Hinduísmo – Existem muitos deuses, como Brahma, Vishnu e Shiva, mas uma só realidade subjacente; as pessoas que levem vida justa reencarnarão numa forma de vida superior; os maus reencarnarão numa forma de vida inferior.

- Budismo – A vida é uma sequência de nascimento, morte e reencarnação ["Renascimento", segundo o comentário de um leitor atento]; a plenitude atinge-se com bons pensamentos e boas acções; o sábio deve libertar-se dos desejos e das paixões, que só produzem sofrimento.

- Cristianismo – Deus é único, eterno e abstracto; Jesus Cristo é o Seu filho, e fez-se homem para redimir a humanidade; existe uma vida para além da morte e, depois do juízo final, justos e pecadores, serão separados para a eternidade.

- Islamismo – Só há um Deus e Maomé é o seu único profeta; é necessário rezar na direcção de Meca, praticar a caridade, jejuar no mês do Ramadão e peregrinar uma vez na vida à cidade santa de Meca.

Fonte: "Notícias do Milénio"
[229]

1928 – PENICILINA 

“O médico britânico “Sir” Alexander Fleming descobre a penicilina, medicamento antibiótico bactericida, comprovando os seus efeitos no tratamento das doenças contagiosas. Em 1945 será galardoado com o Nobel.”
[228]

1928 – RATO MICKEY 

“Primeiro filme com o Rato Mickey do realizador americano Walt Disney, pioneiro dos desenhos animados e fundador da Disneyland.”
[227]
sábado, setembro 06, 2003

AS RELIGIÕES NO MUNDO (I) 

Na sequência dos excertos editados ao longo da semana, deixo por fim um muito rápido relance, com as seguintes notas sobre as principais religiões:

1.“Fundador”:
- Judaísmo – Abraão, no ano 2000 a.C., e Moisés, no ano 1200 a.C.
- Hinduísmo – tem vários fundadores.
- Budismo – Siddharta Gautama, dito o Buda (563 a.C.).
- Cristianismo – Jesus Cristo, nascido em Belém no ano 4 antes da era cristã.
- Islamismo – Maomé, nascido em Meca; o seu chamamento deu-se no ano 622, momento do início do calendário islâmico.

2.“Texto sagrado”:
- Judaísmo – a Tora (os cinco primeiros livros da Bíblia), escritos por volta de 900 a.C.
- Hinduísmo – o Rigveda, no ano 1400 a.C.
- Budismo – o cânone de Pali, de 100 a.C., e os sutras, escritos em 20 d.C.
- Cristianismo – a Bíblia dos Judeus (Antigo Testamento), os quatro Evangelhos, as Epístolas e outros livros (Novo Testamento, escrito entre 40 e 100 d.C.).
- Islamismo – o Corão, ditado por Deus a Maomé, através do anjo Gabriel, no ano 622.

3.“Cidade sagrada”:
- Judaísmo – Jerusalém, cidade do templo de Salomão.
- Hinduísmo – Benarés (Índia), onde desagua o rio Ganges.
- Budismo – o grande pagode de Skwue Dagon, em Rangoon (Birmânia).
- Cristianismo – Jerusalém e, para os católicos, Roma (Vaticano).
- Islamismo – Meca, Medina e Jerusalém.

Fonte: "Notícias do Milénio"
[226]

1927 – FILME SONORO 

“É estreado, nos EUA, o filme “The Jazz Singer”, com Al Jolson. Produzido pela Warner e realizado por Alan Crosland, contém cenas musicais sincronizadas e algumas linhas de diálogo.”
[225]

1927 – ATLÂNTICO NORTE 

“A primeira travessia aérea, sem escala, é realizada pelo aviador americano Charles Lindbergh, entre Nova Iorque e Paris, a bordo do avião “Spirit of St. Louis”.”
[224]

"Entrada do dia" (Sexta) - Companhia de Moçambique 

“As políticas coloniais do Estado Novo – 1”
“Numa abordagem ainda superficial poderemos entender a política colonial portuguesa do Estado Novo como compreendendo duas fases principais, separadas entre si pelo surgimento dos movimentos independentistas nas colónias. Uma primeira fase, de 1926 a 1959, em que o Estado Novo geriu a situação colonial segundo um modelo «tradicional», autocrático e auto-suficiente, autêntico e consequente, em nome de uma supremacia civilizacional dogmaticamente afirmada que condenava as culturas dominadas a um papel meramente instrumental; uma segunda fase, de 1960 a 1974, em que a gestão da situação colonial nada mais foi de uma «gestão de sobrevivência» perante um fim anunciado, mesmo que tivesse posto em marcha todo um conjunto de reformas políticas, económicas e sociais capaz de transfigurar a própria situação colonial."

Pode ler o texto completo aqui.

P.S. Por mim (se o “blogger” resolver “colaborar”), este artigo sobre os políticos e o jornalismo, não “vai passar despercebido em Portugal”… (A propósito, veja-se também o artigo da “Visão” desta semana, “Comentadores à Portuguesa”).

sexta-feira, setembro 05, 2003

O "BIG BROTHER" ACABOU! 

A partir de uma base de dezenas de milhar de candidatos (!?) e apoiada numa equipa de especialistas (integrando psicólogos), uma "Produção" apostada em conseguir a melhor "receita televisiva" para tentar recolocar a TVI na liderança das audiências (visando "estremecer" de tal modo o panorama televisivo, ao ponto de que tal tornasse possível alcançar o efeito "bombástico" da primeira edição, que levou a estação da última à primeira posição do ranking) procedeu a uma selecção de concorrentes que - basta ver 5 minutos de "emissão" - traduz uma "escolha a dedo"... (um grupo que proporcionasse um rápido e fácil "intercâmbio" entre os jovens "eles" e as jovens "elas").
E, obviamente, ao quarto dia, já são visíveis os efeitos!
Mas, "isto" já não é o "Big Brother"; não tem rigorosamente nada a ver com a "genuidade" da primeira edição, que independentemente de todas as polémicas, não deixou de ser um "exercício sociológico de interesse", quanto mais não seja pelo facto de se tratar de uma "experiência nova" ... O "Big Brother" acabou!
É portanto melhor mudar rapidamente o nome ao programa, para que não se continue a "enganar" os incautos.
Chamem-se os "bois pelos nomes" (sem pretender ser "moralista" ou "puritanista"): "isto" é (e provavelmente será cada vez mais...) um programa que se aproxima a passos largos da pornografia!

P.S. Para "desanuviar", aproveite para visitar o "blogue" mais extraordinário que conheço, escrito exclusivamente com palavras compostas por apenas 3 letras.
[223]

O ISLÃO E A DEMOCRACIA 

Um estudo desenvolvido a nível mundial – Views of a Changing World, pelo Centro de Pesquisa Pew (grupo independente que estuda as atitudes face à política e aos “media”, actualmente dirigido por Madeleine Allbright) – conclui que a maioria dos muçulmanos gostaria de beneficiar da democracia, paralelamente a um reforço da componente religiosa nos respectivos governos.
O “anseio” de um regime democrático parece mesmo ser maior nos países islâmicos que em África, Europa de Leste e América Latina.
Curiosamente (ou talvez não…), para os muçulmanos, a possibilidade de criticar o governo é o aspecto mais apelativo das democracias ocidentais, seguindo-se a possibilidade de realização de eleições pluripartidárias.
Por outro lado, uma percentagem importante da população dos países muçulmanos considera existir uma falta de direitos políticos e liberdades cívicas (apesar de o mesmo sentimento ser compartilhado noutras latitudes, por exemplo, na Argentina).
Em conclusão, pensam que a democracia não será incompatível com os valores do Islão.
[222]

“OS CAMINHOS DA DESCENDÊNCIA DE ABRAÃO” (V) 

“Todos sabemos que o islamismo é a segunda religião no mundo que tem mais adeptos e que se encontra actualmente com uma dinâmica missionária de grande expansão, sobretudo no continente africano. Por outro lado, é a religião que mais preocupações tem dado à humanidade dos nossos dias com a questão do Irão e do Iraque e com os terrorismos dos fundamentalistas islâmicos, espalhados um pouco por toda a parte, mas especialmente na Argélia.
Todos estes problemas têm a sua raiz no princípio corânico da sua “revelação directa”. É de desejar que as escolas corânicas saiam deste gueto e apliquem ao Corão um estudo “científico”, à maneira dos judeus e dos cristãos nas suas faculdades e institutos bíblicos, para se poderem distinguir os conteúdos “culturais” e os “não culturais”.
A história do islamismo, da sua fé, cultura e arte, é demasiado rica e merecedora de toda a nossa gratidão para poder estagnar em fundamentalismos e integralismos teocráticos.”


"Os caminhos da descendência de Abraão" (Joaquim Carreira das Neves) - "Notícias do Milénio"
[221]

“A DOIS” 

Foi ontem apresentado o “novo” canal de televisão “A Dois”, sucessor da RTP2, o qual deverá ser lançado no final de Outubro, contando com a participação de cerca de cinco dezenas de instituições representativas da “sociedade civil”.
A sua principal missão, segundo o futuro director, Manuel Falcão, será “reforçar os princípios de universalidade, defender a língua, cultura e história”, visando responder às necessidades de “jovens, minorias e cidadãos com dificuldade”.
É de “bom tom” portanto, nesta fase, dar o “benefício da dúvida” (ou seja, “ver primeiro, para falar depois”).

P.S. Mais um agradecimento, ao Campo de afectos.
[220]

1926 – 28 DE MAIO 

“O general Gomes da Costa, no dia 28, e o comandante Mendes Cabeçadas, no dia 30, partem respectivamente de Braga e Lisboa, instituindo a ditadura militar. Os novos detentores do poder convidam para as Finanças o prof. António de Oliveira Salazar, que depressa renuncia à pasta, perante os conflitos no bloco político-militar. Cabeçadas será depois demitido e desterrado para Angra do Heroísmo. O general Óscar Fragoso Carmona, nomeado para o substituir, reprime brutalmente uma revolta militar contra a ditadura, no início de 1927.”

“Notícias do Milénio”, publicação dos jornais do “Grupo Lusomundo”, Julho de 1999
[219]

1926 – TELEVISÃO 

“Realiza-se em Londres a primeira demonstração pública. A primeira transmissão a longa distância verifica-se em 1929.”
[218]

1926 – HIROHITO IMPERADOR 

“Com a morte do imperador japonês Yoshihito, sucede-lhe o seu filho Hirohito, que se manterá no trono imperial durante 63 anos. Os seus funerais, em 1989, constituirão uma cerimónia impressionante observada em todo o mundo pela televisão.”
[217]

"Entrada do dia" (Quinta) - A Esquina do Rio 

Sonho
“Continuo a acreditar que em todas as coisas que fazemos tem de existir uma dimensão de sonho, um patamar de desafio, de inconformismo. Sem isto, nunca existe mudança.
O sentido da vida passa por isto, por ajudar a fazer um mundo novo e melhor, por cada um de nós não se demitir da sua responsabilidade, de se empenhar em causas colectivas.
Hoje, a única citação que deixo é de Alexandre O'Neill:
Quem? O Infinito? Diz-lhe que entre. Faz bem ao infinito estar entre a gente.”


quinta-feira, setembro 04, 2003

FUTEBOL, FUTEBOL E … FUTEBOL 

Alguns “milhões” de portugueses terão “aprendido a ler” com “A Bola”, que teve – em simultâneo! – jornalistas / “escritores” da estirpe de Vítor Santos, Carlos Miranda (com as suas magníficas reportagens do “Tour de France” com Joaquim Agostinho), Carlos Pinhão (“Ai que saudades, ai, ai…”), Homero Serpa, Alfredo Farinha, Aurélio Márcio (só para falar da “velha guarda”, dos anos 80).
Nesse tempo, “A Bola” era claro “líder de mercado”, com “O Record” a uma distância significativa. Depois, mais tarde, surgiu a “Gazeta dos Desportos”, com uma existência relativamente curta (uns anos antes – acho que já não “é do meu tempo” – tinha havido o “Mundo Desportivo”).
Mas eram todos “ trissemanários”.

Eis aqui o ponto a que quero chegar (eu que sempre fui um “fanático desportista de bancada”): o (muito) exagerado peso que a “informação desportiva” ("futebolística") tem hoje em dia na comunicação social.
Hoje temos três jornais desportivos diários! (com “O Jogo” predominantemente implantado a Norte) – é claro, se subsistem, é porque existe mercado…
Mas, para além disso, é a rádio (e, por exemplo, quando se fala nos “bons programas” da TSF, um deles será sem dúvida a “Bancada Central”, uma espécie de “blogues falados” – mas com duas horas diárias!!!), em que o sentido das proporções é bastantes vezes esquecido (nomeadamente nos serviços informativos, considerando a relação de tempo face à cobertura noticiosa da informação generalista) e, acima de tudo, a televisão.

E aqui, penso que se está a atingir situações de extremo: não há justificação possível (não pode ser de todo enquadrado no conceito de “serviço público”) que se enviem repórteres para os estágios de pré-época que as equipas (as tradicionais três: Benfica, Porto e Sporting – por ordem alfabética…) fizeram no estrangeiro; foi confrangedor assistir ao espectáculo da “não notícia” (em particular, com um "misto de tragicomédia", a propósito das várias contratações que o Benfica acabou por não fazer e da deprimente história da "braçadeira de capitão"); não há razão que justifique – mesmo agora que as competições já “arrancaram” – que, quase diariamente, haja um repórter, tendo por pano de fundo um estádio vazio, dizendo quais “as águias, dragões ou leões” que treinaram hoje, quais os que estiveram “lesionados”, conjecturando, especulando sobre a constituição das equipas e as tácticas para o próximo jogo (daí a quatro ou cinco dias)…
E mais as “tricas”, o “diz que disse”, os “arrufos”e os “amuos” dos treinadores, as polémicas da arbitragem.
E, a culminar, “4 – Quatro – 4” jogos televisionados por jornada!!!
É a lei do mercado no seu “estado puro”? (Dar às pessoas o que elas querem ver…) “Pão e circo”, como no tempo dos Romanos?
Nós, que “amamos o futebol” (slogan do “Euro2004”), queremos ver (ouvir e ler) futebol de qualidade, não necessariamente em quantidade.

P.S. Veja aqui o "porquê?" e o "como?" dos “blogues”.
[216]

“OS CAMINHOS DA DESCENDÊNCIA DE ABRAÃO” (IV) 

“O fundador do islamismo é o profeta Maomé (570-632), que em poucos anos revolucionou o mundo árabe e grande parte do resto da História. Hoje em dia, 40 dos 152 países do mundo estão ligados ao islamismo, e há analistas políticos e sociólogos que pensam que brevemente a população islâmica ultrapassará a do cristianismo.
O islamismo é uma religião que determina a cultura e a história, razão por que a história dos povos árabes anda tão ligada ao islamismo, e razão por que o islamismo é estruturalmente uma religião nacionalista.
O islamismo não se entende sem o seu livro sagrado, o Corão. É uma religião tipicamente do “livro”. A própria palavra árabe “al-qur’na” significa literalmente “a leitura”.

A unicidade de Deus é o dogma fundamental do islamismo, que, neste aspecto, não se distingue do monoteísmo judaico. Quando Maomé começou com a sua revolução religiosa em Meca, aquelas tribos árabes viviam a sua religião animista e politeísta, com muitas divisões e ódios entre elas. O profeta deu-se conta de que o judaísmo e o cristianismo eram superiores às religiões árabes e quis oferecer aos mesmos árabes também uma religião que os identificasse.

Segundo o Corão, o islamismo não tem nem sacerdotes, nem sacrifícios, nem sacramentos. É constituído apenas pela palavra da revelação “final” a Maomé, que é o último profeta duma linha profética que começa em Abraão e acaba nele.”


"Os caminhos da descendência de Abraão" (Joaquim Carreira das Neves) - "Notícias do Milénio"
[215]


1925 – “MEIN KAMPF” 

“Publicada em Munique, esta obra de Adolfo Hitler, escrita na prisão, é um manifesto nacionalista, anti-semita e anticomunista, fundamentos ideológicos do partido nazi.”
[213]

1925 – INSTABILIDADE  

“Os governos sucedem-se, somando três até ao fim do ano. A agitação nas ruas é galopante. É declarado o estado de sítio.”
[214]

“Entrada do dia” (Quarta) – A Aba de Heisenberg 

“Nichos de argumentação”
“É mais fácil um rico entrar no reino dos céus do que ver alguém reconhecer publicamente que errou. O “mea culpa” está praticamente extinto, o “tua culpa” é ubíquo.

Na sua coluna Política à Portuguesa no Expresso deste fim-de-semana, JAS fala das lágrimas de crocodilo que ”certa esquerda” alegadamente verteu por Sérgio Vieira de Mello. Diz: "A esquerda não invocou a morte de Sérgio Vieira de Mello por razões piedosas – agitou-a como bandeira para condenar a ocupação americana. Nesta medida – e dito cruamente – essa morte até conveio a essa esquerda. Por isso, muitas das lágrimas que chorou foram lágrimas de crocodilo".
...”


Pode ler o texto completo aqui.

P.S. Reabriu o site da Al-Jazeera em inglês (após uma primeira tentativa durante a guerra do Iraque, mal sucedida devido a ataques de “piratas informáticos”).




quarta-feira, setembro 03, 2003

DIAS ESTRANHOS 

São dias estranhos estes, os de regresso de férias, em que a luz brilhante e quente do sol sobre o mar começa a ficar para trás; à hora a que escrevo, agora longe do campo, começa já a fazer sentir-se o negro da escuridão da noite (quando não há luar)… como se diz na minha terra, os dias começaram a “minguar”.
E com o regresso à vida “séria”, a “falta de tempo” impende qual espada de Dâmocles sobre as nossas cabeças; rareia a disponibilidade para a preparação do manuscrito dos textos que gostávamos de escrever.
E estes primeiros dias aparentam ser de tal modo “agressivos” (é preciso recuperar o atraso dos “dias de ausência”) como o seria um caçador enfurecido, que, até para conseguir manter as “visitas” aos outros “ciber-escritores” vai ser preciso “esticá-los” (agora que serão cada vez mais pequenos).
Não era o “velho lobo” Einstein que falava da relatividade do tempo? Organizemo-nos portanto.

P.S. A quem o texto possa parecer algo surreal, tudo ficará esclarecido se visitar qualquer das ligações assinaladas (um desafio curioso e em pouco tempo…).
[212]

“OS CAMINHOS DA DESCENDÊNCIA DE ABRAÃO” (III) 

“O que define o cristianismo na sua essência é a pessoa de Jesus da Nazaré, que os cristãos acreditam ser o Messias prometido do Antigo Testamento, o Filho de Deus, único e próprio, o Salvador do mundo, eterno com o Pai e o Espírito Santo.
A pessoa de Jesus da Nazaré é, ainda hoje, a mais estudada, discutida e amada. A história continua a ser dividida “antes” de Cristo e “depois” de Cristo.
Ninguém duvida de que Jesus viveu em Nazaré da Galileia e que, por volta dos seus 27 anos, deixou a família e começou a pregar a doutrina sobre o “Reino de Deus”, como preparação para a vinda definitiva do mesmo Reino/Reinado/Soberania de Deus. Anunciava que todas as esperanças judaicas patentes nas Escrituras hebraicas desaguavam na sua pessoa. Por isso, apresentou-se como um judeu “reformador” do judaísmo, de cariz totalmente novo, em que a “palavra” tinha a ver com a sua própria “pessoa”.
É por causa deste núcleo histórico que Jesus é condenado à morte pelo Sinédrio, na medida em que tal doutrina e posicionamento de Jesus, frente à ortodoxia judaica daquele tempo, representava uma autêntica “blasfémia”, e os blasfemos deviam ser irradiados do povo da aliança. Jesus constituía um perigo e, como tal, havia que resolver o assunto.

O Novo Testamento, com os seus 27 livros, juntamente com o Antigo Testamento, constituem a Bíblia dos cristãos.

Não há dúvida de que as velhas rivalidades entre católicos, ortodoxos e protestantes estão a desaparecer, sobretudo depois do Concílio Vaticano II. Mas há ainda muito caminho a percorrer. …”


"Os caminhos da descendência de Abraão" (Joaquim Carreira das Neves) - "Notícias do Milénio"
[211]

1924 – ESTALINE NO PODER 

“A morte de Lenine, em 21 de Janeiro, dá origem à ascensão do secretário-geral do Partido Comunista, Estaline, que inicia uma depuração de quadros, que atinge os revolucionários mais relevantes, nomeadamente Trotsky, Kamenev e Zinoviev.”
[210]


“Entrada do dia” (Terça) - Desejo Casar 

“Vocação: famoso”
“Alguns portugueses com idades para estudar voltaram a entrar dentro de uma casa em nome da fama. Antigamente, queríamos ser médicos, astronautas ou dentistas de esquilos. Hoje, há uma data de gente que nasce com a vontade de ser famosa. Os miúdos têm conversas deste género com os pais: "Ó pai, quando for grande quero ir àquele programa da Dona Teresa Guilherme!".”

Pode ler o texto completo aqui.

P.S. Mais um agradecimento e as boas-vindas ao Lamentos de um pessimista.


terça-feira, setembro 02, 2003

“OS CAMINHOS DA DESCENDÊNCIA DE ABRAÃO” (II) 

“A Bíblia hebraica com a sua Tanak (Tora, Profetas (Nebiim) e Escritos (Ketubim) é um produto de história nacional e de revelação de Deus, manifestada nessa história através de Patriarcas, Moisés, Profetas, Salmistas, etc. É uma história dum grupo de “judeus” que, pouco a pouco, constituem um pequeno império com David e Salomão, e que, depois, vivem a sujeição de impérios pagãos e estrangeiros…

Como é que um pequeno grupo de “judeus”, saídos da miséria do Egipto, se tornam neste povo tão singular pela religião e pela luta da sua identidade, ao longo dos tempos, ainda hoje constitui um “milagre” histórico e social para qualquer analista.

Ao longo destes dois mil anos, os judeus andaram errantes e foram perseguidos por cristãos e islâmicos, até que chegou a sua hora da verdade em 1948. Nem as inquisições, nem o “shoah” (holocausto) nazi quebraram a fé indomável deste povo, que deixou sempre um rasto de grande cultura e fé por onde andaram.
O regresso à terra natal, depois de dois mil anos de ausência, tem constituído um problema político grave no Médio Oriente. Os milhares de palestinianos que habitavam as terras agora ocupadas pelos judeus foram directa ou indirectamente obrigados a abandonar as mesmas, o que tem desencadeado uma onda de solidariedade entre os grupos árabes e islâmicos, com guerras sem fim de parte a parte.
Os acordos de paz entre Israel e a Jordânia e o Egipto trouxeram muita esperança na resolução do problema. Mas o assunto continua ainda muito longe da sua solução devido a forças integristas ou fundamentalistas das duas partes.”


"Os caminhos da descendência de Abraão" (Joaquim Carreira das Neves) - "Notícias do Milénio"
[209]


1923 – REVOLUÇÃO MUSICAL 

“O austríaco Arnold Schoenberg desenvolve o dodecafonismo, linguagem atonal baseada no emprego sistemático da série de 12 sons da escala cromática, rasgando horizontes à música erudita contemporânea.”
[208]

“Entrada do dia” (Segunda) - Glória Fácil 

“Flashback”
"… 3. O fim do Flashback, como também o do Grande Júri, é relevante, isso sim, no campo do simbólico. A anterior DI foi forçada a demitir-se; agora vê a sua herança ser enterrada. Confirma-se: está uma refundação em curso. Primeiro destroem-se os símbolos. É sempre assim.

5. Espero, sinceramente, que o debate sobre o fim do Flashback não se torne numa romaria saudosista de homenagem ao programa e a todos os brilhantes talentos que por lá passaram. É o futuro que interessa."


Pode ler o texto completo aqui.

segunda-feira, setembro 01, 2003

“OS CAMINHOS DA DESCENDÊNCIA DE ABRAÃO” (I) 

Considerando nomeadamente a actualidade decorrente das implicações das questões religiosas nos desenvolvimentos mais recentes da história da humanidade, “antecipo” mais uma “semana da história” (tendo sempre por base a publicação que tenho vindo a divulgar, editada pelos jornais do "Grupo Lusomundo" em Julho de 1999 – "Notícias do Milénio").
Assim, apresentarei nesta semana excertos de artigo da autoria de Joaquim Carreira das Neves, denominado “Os Caminhos da Descendência de Abraão”.

“A história do judaísmo tem quase quatro mil anos. … Tudo começou no século XIX a.C., com a emigração de Abraão e seu clã da Assíria para as terras de Canaã (mais tarde a terra dos filisteus, donde provém o nome “Palestina”).

Mas o mais importante destas “origens” reside no facto das suas consequências ao longo dos séculos, uma vez que judeus, cristão e islâmicos se reclamam de “filhos de Abraão”. Tem sobretudo importância o facto de os islâmicos se reclamarem como filhos herdeiros de Abraão por causa da sua ascendência até Ismael, enquanto os cristãos ultrapassam a religião fundamentada no sangue para realçarem a pessoa “cristã” fundamentada na “fé” em Jesus Cristo, mas tendo sempre como primeiro pai na fé o patriarca Abraão.
As lutas religiosas, políticas e sociais entre judeus, cristãos e islâmicos, por tudo isto, arrancam do Pai comum Abraão, bem como as divisões das respectivas exegeses dos textos bíblicos fundamentantes.”


"Os caminhos da descendência de Abraão" (Joaquim Carreira das Neves) - "Notícias do Milénio"

P.S. Agradecimento (e boas-vindas) ao Oliveira de Figueira.
[207]

CARLOS LOPES 

Tem nome de Campeão.
É um Campeão!
Duplamente Campeão: no desporto e na vida!
Na juventude, passou por uma das mais aterradoras experiências que um ser humano pode vivenciar: ao longo do tempo, gradualmente, foi perdendo a visão, até à completa cegueira (conta que, quando atingiu esse estágio da doença, o começou por ocultar à família e aos amigos – apenas usava a bengala depois de sair de casa, “às escondidas” –, até ganhar coragem para o assumir perante “o mundo”).
Não "desistiu de viver"; continuou a estudar visando a sua licenciatura; começou a praticar desporto ao mais alto nível. Ganhara já medalhas nos “Jogos Paralímpicos”.
Agora, em Paris, sagrou-se “Campeão mundial de atletismo”, na prova de 400 metros para deficientes visuais (“cegos totais”, com guia).
Um exemplo de coragem, persistência, força, vontade de viver!

P.S. Aguardei até ao final dos Campeonatos do Mundo de Atletismo para fazer o balanço da presença portuguesa; que teve um desempenho “muito cinzento”, sem qualquer medalha, apenas com dois atletas a merecer referência particular: Alberto Chaíça, com um muito bom 4º lugar na Maratona (3º melhor europeu) e Rui Silva, 5º classificado nos 1500 metros. A nível mundial, destaque para a norte-americana Kelly White (100 e 200 m), para o marroquino Hicham el Guerrouj (1500 e 5000 m) e para o etíope Kenenisa Bekele (5000 e 10000 m), todos duplamente medalhados nestes campeonatos.
[206]

1922 – URSS 

“A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) é criada pela confederação da Rússia, Ucrânia, Bielorússia e Transcaucásia.”

Conforme referido no início da apresentação desta cronologia de factos mais marcantes do século XX, corresponde a mesma à transcrição (com a devida vénia) de uma publicação dos jornais do “Grupo Lusomundo” (Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Açoriano Oriental, Diário de Notícias – Madeira e Jornal Tribuna de Macau), de Julho de 1999, designada “NOTÍCIAS DO MILÉNIO”.
[205]

1922 – “ULISSES” 

“O escritor irlandês James Joyce publica o romance “Ulisses”, um marco da literatura moderna. A publicação verifica-se em Paris, em língua inglesa, depois de ter sido censurado em Inglaterra.”
[204]

“Entrada do dia” (Domingo) – Terras do Nunca 

"A fractura ideológica"
“Acho, obviamente, que não pensamos todos o mesmo acerca das coisas básicas da vida e que, de alguma forma, nos podemos arrumar, mais ou menos ideologicamente, em tribos. Daí, a inevitável catalogação.
Penso, porém, que hoje em dia esse tipo de catalogações são meramente retóricas, pouco operacionais.
Quero com isto dizer que, talvez devido à queda do Muro e etc., esgotou-se de alguma forma a carga pragmática dessas tribos.”


Pode ler o texto completo aqui.

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